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Com um intercâmbio entre a ciência e a arte, Edu Castro traz para a galeria virtual da Griffo no mês de agosto a exposição Pará Infravermelho, que expressa uma forma de mostrar um mundo diferente, surreal no meio de cenários paraenses que nós estamos acostumados a ver.

A formação é em química, mas o coração sempre foi dividido entre o olhar artístico e as fórmulas alquimistas. Eduardo teve o primeiro contato com a fotografia na infância, quando brincava de fotografar com as câmeras, ainda de filme, da mãe e da tia. À medida que foi crescendo, sua curiosidade aguçou e passou a estudar a fotografia experimental.

600pxMesmo fotografando de forma tradicional, sempre teve vontade de fazer algo diferente. Em 2008, aos 24 anos, o químico teve a oportunidade de comprar sua primeira câmera profissional já pensando em fazer algumas experimentações. Edu saiu do cômodo e passou a explorar novas formas de fotografar. “Eu já fotografei em ultravioleta, em câmera com espectro expandido, mas minha paixão mesmo é por fotografia experimental, em especial, fotografia infravermelha”, diz Edu.

Quando questionado sobre seguir caminhos – fotofrafia e ciência – tão diferentes, o químico explica: “Na verdade, eu sempre vaguei pelos dois mundos, sempre fui um aluno bom de matemática quando era mais novo, então a vida acabou me levando pra esse lado. Eu acho que essa busca pela fotografia é uma maneira de compensar esse meu lado racional”.

Os laboratórios fizeram uma grande diferença para o químico-fotógrafo, ajudando a descobrir algumas técnicas que ele usa. Edu trabalha analisando várias substâncias que têm complementos diversos de ondas de luz, inclusive substâncias infravermelhas e ultravioletas. O estudo dessas técnicas dentro do laboratório o instigou a buscar na literatura científica uma vertente pra fotografia. “Às vezes, estava no laboratório exposto à luz infravermelha, só que eu não enxergava. Passei a pensar: como é que existe uma luz que a gente não enxerga? Isso me despertou uma curiosidade”, complementa Eduardo.

E se há outras maneiras de enxergar o mundo, a exposição Pará Infravermelho nos força a fazer esse exercício. É um convite a passear por um mundo surreal, em cenários bem conhecidos, cheios de cores e encantos.

Texto: Eduardo Auad – Griffo Comunicação 

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