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Neo, do grego néos, exprime a ideia de novo. Quem já acessou a galeria virtual da Griffo desse mês sabe a relação que a palavra tem com Belém. Futurista e repleta de neon, a cidade mistura tecnologia com humanos e animais, num só corpo. O virtual e o real cheios de referências do cyberpunk. Neo Belém é a exposição virtual do mês de abril, assinada por Keoma Calandrine.

As cores fortes e os traços das ilustrações transmitem a ideia de modernidade. Mas o “antigo” também está presente, como o vendedor ambulante na bike, a onça pintada e os índios. Até a chuva interage com a população; afinal, é impossível retratar Belém, mesmo no futuro, sem as grandes águas.

O Jovem de 28 anos responsável pelos desenhos é formado em Artes Visuais pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Atraído pelo mundo da ficção científica desde garoto, profissionalizou-se logo após a universidade, como ilustrador freelancer. Mas foi o trabalho em uma editora que despertou o interesse por ilustração e pintura digitais.

“Correr pra pintura digital foi como uma busca por algo que realmente tem sentido em fazer na vida. Eu entrei no curso de artes e, infelizmente, a graduação não pode me deu os fundamentos necessários nessa área, mas me ajudou a  fundamentar outras. Isso me deu gás pra conhecer, pesquisar e fazer pintura digital”, relatou Calandrini.

Estudando sozinho, assistindo vídeos de outros artistas e fazendo cursos online, Keoma passou a dominar novas ferramentas e conhecimentos, tudo sempre conectado aos seus gostos pessoais. “Eu sempre assisti animações, joguei vídeo game, filmes, etc… e descobri que esse trabalho está, hoje, atrelado intimamento com tudo isso”, disse. Sua inspiração vem do próprio trabalho, cada impulso depende de como as preferências pessoais vão sendo construídas com as experiências de mundo.

Para Keoma, ilustrar é trabalho e fuga. Já a exposição representa o reconhecimento de todo o esforço e dedicação. De todas as ilustrações expostas, ele atenta para uma, especialmente, que melhor traduz seu trabalho. Nela, destaca-se em neon a expressão Devil Lair (Covil do Diabo, em inglês). “Eu gosto muito dela, é bem imersiva e é o que eu sempre tento trazer nas pinturas”, pontuou o ilustrador.

Essa não é a primeira vez que o artista expõe sua obra. Em 2014, participou da mostra “Primeiros Passos” na galeria do Centro Cultural Brasil Estado Unidos (CCBEU). Em 2016, durante a comemoração dos 400 anos de Belém, o ilustrador foi o segundo colocado no Prêmio da Semana de Quadrinhos do Centur. “Foi um trabalho de experimentação em HQ em conjunto com meu Orientador de TCC, Acilon Cavalcante, ele escreveu o roteiro e eu fiz a arte”. Frutos colhidos de um trabalho que requer muita atenção e dedicação.

Se você ainda não viu a exposição Neo Belém, pode clicar aqui e ir direto pra lá. Ela fica em destaque durante todo o mês de abril no nosso site. Fique à vontade pra compartilhar com os amigos. Aproveite e deixe um comentário dizendo o que achou da mostra.

Texto: Eduardo Auad – Griffo Comunicação

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